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Mulheres Escrevem para Mulheres

A Editora Palavras Mágicas promove o movimento "MULHERES ESCREVEM PARA MULHERES" com o intuito de incentivar a literatura e promover a força da MULHER EMPREENDEDORA



Mulheres Escrevem para Mulheres

AMIGAIL FLORELL - Escritora

CQueiroz - Escritora

EUGÊNIA HAENSEL – Escritora

GIOVANNA SALLES - Escritora

JANE CIPRIANI – Escritora

MARÍZIA MAGLHÃES - Escritora

NANA CALIMERIS - Psicanalista

CLAUDIANE AMARAL - Artesã

SOFIA HAENSEL - Escritora

VANESSA ALMEIDA - Artesã

GILDINEIA SANTOS - Costureira

IZABELLA SANTOS - ViceoMaker & StoryMaker


Mulheres: O Desejo que Rompe Correntes e Resgata a Própria Essência


Sigmund Freud

Sigmund Freud nos ensinou que "somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro". Desde a infância, a mulher aprende a reprimir desejos, a encaixar-se em padrões que não escolheu e a carregar um peso que não é seu.

Mas, como Freud também afirmou, "a voz do intelecto é suave, mas não descansa até ter obtido uma audiência". A mulher que se permite escutar a si mesma desafia o que lhe foi imposto e começa a reescrever sua própria história. Não se trata de rebeldia, mas de um mergulho na própria psique – uma jornada de autoconhecimento e libertação.

O feminino nunca foi ausência ou fragilidade. Como Freud nos lembra, "a liberdade do indivíduo não é um presente da civilização, mas sim seu maior desafio". E ser mulher, em uma sociedade que historicamente tentou defini-la e limitá-la, é um ato de coragem.

E se, como Freud disse, "os homens são fortes enquanto representam uma ideia forte", então as mulheres são inquebráveis, pois carregam em si o desejo de existir além das expectativas.

SIGMUND FREUD


Neia Atelie


Amigail lorell

Nana Calimeris


ELA


Mulheres

Ela era uma mulher em meio a muitas outras, mas não como as outras.

Tinha cabelos castanhos escuros, quando naturais formavam pequenos cachos. Porém, devidos aos padrões de beleza estabelecidos ela os desfazia com químicas ou acessórios para cabelo. Seus olhos eram da mesma cor de seus cabelos, pequenos, cheios de sagacidade e se movimentavam com uma agilidade que nada escapava de seus olhares.

Quando jovem ela tinha um corpo magro e esguio. Chegou a tomar vitaminas iludida com a promessa da indústria que garantia que ela ganharia mais “corpo”. Porém, depois que perdeu seu filho na segunda gestação acabou engordando e não conseguiu voltar ao corpo de antes, e como os padrões haviam mudado ela se arrependia demasiadamente das atitudes do passado. "Onde já se viu tomar remédio para engordar?" comentava ela.

Ela era muito ágil para dar conta dos afazeres. Cuidava da casa, da família e trabalhava para complementar a renda da casa. Começou a trabalhar com 8 anos de idade vendendo roupa junto com sua irmã. Porém trabalhou em muitas áreas, tais como auxiliar de alfaiate, secretária, vendedora e até em hospital... Em uma família de muitos irmãos ela tinham que ajudar. Terminou o ensino regular, mas o ensino superior não pode cursar. Não sei dizer se somente por falta de oportunidade, ou se também por falta de autoestima, seu sonho era fazer medicina. Mas afirmo sem medo de errar de que em medicina ou qualquer outra área ela seria bem-sucedida porque fazia tudo bem-feito e com muita estima.

Veio de família humilde - ela mais 7 irmãos, pai e mãe. Ela era uma das mais velhas. Seu primeiro carro zero, um fusca - foi uma conquista e tanto para época, especialmente porque comprou com o dinheiro somente de horas extras. Pois o dinheiro do " ordenado" não era só dela, em casa ajudava um bocado.

Quando jovem era bem vaidosa, gostava de se arrumar. Procurava sair depois de se "embonecar" - como era de costume ela falar. Adorava novas roupas, seus sapatos combinando com suas bolsas. Até peruca chegou a usar: loira de cabelo curto, morena de cabelo longo, o importante era variar.

Tinha todas as linguagens do amor, mas os atos de serviço era o que mais se destacava. Ela sempre estava pronta para ajudar. O que estava ao seu alcance ela fazia. Arrisco dizer que até o que estava fora, ela se sacrificava para socorrer até quem" não merecia" podemos dizer.

Um dia essa jovem se apaixonou. Decidiu casar-se e longe de sua família foi morar. Casou-se aos 36 anos, que era muito tarde para aquela geração. Mas de sua família não se esquecia, todo sábado era dia de reunião. Algum tempo depois de casada engravidou. Desde o primeiro momento que soube que estava grávida seu instinto soube que era uma menina que gerava. Mesmo todos dizendo do contrário sua intuição materna não se enganava. Ultrassom era um exame muito caro e a tecnologia nem tão avançada, mesmo realizando dois exames o médico nem o palpite arriscava. Ela não ligava, ela com sua filha já conversava.

Estava com 38 anos quando sua filha nasceu. Tornou-se sua maior riqueza -"ela é tudo que tenho" costumava exclamar. Aos 42, perdeu seu segundo filho, um menino com 4 meses. Sofreu um tanto, mas superou. Aliás, sua vida foi uma sequência de superações.

Seu casamento foi longe do que ela sonhava. Seu coração inocente sempre acreditava que o amor tudo poderia mudar. Faltou ela enxergar que o amor não muda ninguém, só muda quem quer mudar. Assim, devido ao amor incalculável por seu marido, e sem uma gota de reciprocidade, ela aos poucos perdeu o resto de sua autoestima, que já não tinha muita, para falar a verdade. Simplesmente deixou de se amar. Ou foi convencida de que não merecia. Passou uma vida desejando ser amada pela única pessoa que não a amava. Porque ela era amada por todos, menos pelo homem que desejava.

Mas ainda assim, ela era como uma fonte de amor. Brotava amor dentro dela, que ela doava, esbanjava... viveu para servir e amar. Mesmo que, eventualmente, o amor que ela doava fizesse com que ficasse magoada. E vivendo aprendeu a lidar com a ingratidão, mas continuava a ajudar, afinal era sua paixão – “Se eu não vivo para servir, não sirvo para viver” ela dizia.

E quem era ela? Ela tinha alguns apelidos. Alguns a chamavam de Dê, outros de "Zu", alguns de “Déo”. Mas só eu a chamava pelo apelido mais bonito – sempre foi meu maior privilégio. Afinal, ela era minha conselheira, minha amiga, minha parceira. Qualquer expressão minha, qualquer silêncio, ou qualquer fala ela sabia interpretar. Ela era a pessoa que eu amava, que me cuidava mesmo quando era ela que deveria ser cuidada. Que me abria os olhos e me confortava.

Infelizmente, eu a perdi antes do que esperava. Aos 26 anos eu a perdi para uma enfermidade, hoje vivo de memórias recordadas para não morrer de saudade. Sigo tentando ser um terço daquela mulher que ela foi. Quando fico perdida nos conflitos desta vida, procuro me lembrar se seus conselhos - fecho os olhos e me imagino compartilhando meus segredos.

Às vezes, consigo ouvir sua voz ecoando dentro da minha cabeça. E nesse momento meu corpo implora por sua presença. Parece que tudo ficou mais difícil depois que ela se foi, e mesmo sem saber explicar exatamente o motivo, acho que agora tudo é mais exaustivo. Como se a sua existência por si só tornasse tudo mais leve. Das mulheres que eu conheci e conheço, sem sombra de dúvida posso dizer que ela era uma das mais fortes e amáveis. Obviamente, como todo ser humano, tinha seus defeitos, mas ela era especial. E não é só eu quem acha isso, mas muitos dos que a conheciam diziam igual.

Ela foi forte, foi guerreira, foi amorosa e parceira. Era brava e de pudor, ao mesmo tempo tinha um ótimo senso de humor. Um presente para quem a conheceu – especialmente para mim, que com ela viveu. Ela me ensinou muito mais do que ela podia imaginar, sua vida me serviu de lição. Confesso que não entendi de imediato a sua partida. Ela tinha muitos sonhos para realizar então o porquê da despedida? Mas com o tempo fui aceitando e entendendo melhor o traçado da vida.... Afinal, eu a tive por perto por 26 anos, já foi muito mais do que eu merecia. Então, conclui que tive um grande privilégio em viver ao lado dela, mesmo que por menos tempo do que gostaria. Então, converti a dor da partida em inspiração para minha vida. Assim ela se tornou meu exemplo de superação. Quando algo me abate eu busco dentro de mim a sua versão.

Ah, o apelido pela qual eu a chamava?

Era Mãe!

CQueiroz - Escritora



Izabella Santos


Eugênia Haensel

A CORAGEM DE SER MULHER

Nasci mulher em um mundo cruel,

onde me disseram: "Seja frágil, seja fiel".

Abaixei a cabeça, calei minha voz,

deixei que escolhessem o destino por nós.


Sonhos guardados, desejos negados,

uma vida escrita por outros traçados.

Mas um dia, despertei para mim,

e decidi que aquilo teria um fim.


Ergui a cabeça, tomei direção,

dei asas à alma, segui o coração.

Cada conquista, um grito, um alarde,

pequenas vitórias que brilham na tarde.


Hoje, posso não ter tudo o que amei,

mas amo o que tenho, pois fui eu quem criei.

Ser mulher é ser força, é ser liberdade,

é escolher ser feliz, apesar da sociedade.


Que nenhuma de nós se deixe prender,

pois o mundo é pequeno para o nosso viver.

Feliz Dia das Mulheres, que brilhem sem medo,

pois ser mulher é um ato de puro enredo!


EUGÊNIA HAENSEL – Escritora

Fundadora da

EDITORA PALAVRAS MAGICAS


Sofia Haensel


Mulheres escrevem

MULHERES QUE ESCREVEM

Mulheres que escrevem são feitas de fogo e palavra,

constroem histórias com mãos firmes,

desafiam silêncios que tentam aprisioná-las.

São memória e futuro, resistem no papel, na tela, na voz,

fazem da escrita sua revolução.

Mulheres que escrevem são força e delicadeza,

colocam no mundo o que muitos temem ouvir.

E continuam, sempre,

porque a palavra delas nunca poderá ser calada.

vocês são incríveis merecem o mundo,

por sua força e coragem para enfrentar

os desafios do dia a dia.

Feliz dia das mulheres!


GIOVANNA SALLES - Escritora

@poemas_por.ai




Simone Beauvoir

"Não se nasce mulher, torna-se mulher"

A célebre frase de Simone de Beauvoir, filósofa e escritora francesa, carrega um significado profundo e revolucionário. Em sua obra O Segundo Sexo (1949), Beauvoir questiona a ideia de que a feminilidade é algo inato, algo com o qual se nasce. Pelo contrário, ela argumenta que a mulher é construída pela sociedade, moldada por normas, expectativas e padrões que definem o que significa "ser mulher".

Desde cedo, as mulheres são ensinadas a ocupar determinados espaços, a agir de certa forma e a desempenhar papéis específicos. No entanto, a luta feminista tem demonstrado que ser mulher vai muito além das imposições culturais. Tornar-se mulher é um processo de descobertas, de resistência e de afirmação da própria identidade.

A frase de Beauvoir nos lembra que as mulheres não são meras espectadoras de seu destino, mas protagonistas de suas próprias histórias. Cada uma, à sua maneira, constrói sua identidade, desafia barreiras e reivindica seu lugar no mundo.

Que possamos celebrar essa jornada de transformação e empoderamento, reconhecendo que ser mulher é, acima de tudo, um ato de força, coragem e liberdade.

SIMONE DE BEAUVOIR


Claudiane Amaral



A ARTE DE SER MULHER

A arte de ser mulher








Ser mulher é ser coragem, é renascer com cada amanhecer,

trazer no olhar um brilho eterno e nos gestos, a arte de viver.

Vestir-se de mil papéis, ser abrigo, ser farol,

caminhar entre sombras e luzes, iluminando com seu sol.


Dona de casa e do mundo, entre panelas e discussões,

carrega sonhos nos braços e o mundo no coração.

Empresária, mestra, guerreira, mãe, filha, amiga, irmã,

em cada ciclo que abraça, há uma história a desbravar.


Consola lágrimas em silêncio, reconstrói-se a cada dia,

ensina o amor com a alma e segue com maestria.

E quando o peso do dia aperta e o cansaço a faz hesitar,

lembra que dentro do peito ainda há estrelas a brilhar.


Ser mulher é ser vento e fogo, mar e sol, força e vida,

é dançar sob a chuva sem jamais perder a alma.

JANE CIPRIANI – Escritora



Vanessa Almeida


Marizia Magalhaes

MULHERES

Mulheres guerreiras e vitoriosas,

Unidas construiremos um

Legado de mulheres laboriosas e

Habilidosas, servindo de

Exemplo para futuras gerações com as suas

Responsabilidades e retidão.


Setenta e um anos viajando e navegando pelos meus sentimentos. Sou um barco no meio do oceano da vida e, ao mesmo tempo, sou a comandante dessa embarcação.

Os desafios e enfrentamentos às vezes são fatigantes... e ao mesmo tempo os reconheço como gratificantes. Enfrento ondas gigantescas durante as tempestades que me visitam. Há momentos em que estou num oásis, em outros caminho num deserto de sol escaldante. Por vezes caminho numa estrada verde e florida, quando chega um ciclone levando todos os meus sonhos e fantasias.

Costumo me sentir sem forças para prosseguir, mas a minha vontade de vencer é maior que tudo. Encho-me de coragem e sigo em frente. Enfeito-me toda, ergo a cabeça e vou... não posso parar... prossigo fazendo uma reflexão sobre as maravilhas que ainda vislumbro nessa estrada.

E a viagem continua... quero chegar bem ao final dela. As perdas e os ganhos fazem parte da minha história e enriquecem o livro da minha vida. O que importa a essa altura dos meus 71 anos, é que eu seja uma viajante fazendo essa travessia com o coração transbordante de amor e repleto de gratidão por tudo e por todos que me rodeiam.

MARÍZIA MAGLHÃES




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Homenagem ao dia das mulheres



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